Desde o dia 21 de abril, mais de 30 ramos comerciais estão permitidos ao funcionamento, além dos considerados essenciais pelo Estado. Decisão é respaldada pelo Ministério Público e prevê medidas profiláticas rígidas

Foi apresentada, no último sábado (30), a Agenda Pró-Guarujá, estudo que compilou as principais ações e projetos relacionados à saúde e economia diante do cenário de pandemia. Agora, a Prefeitura aguarda a reclassificação da Baixada Santista para a faixa laranja do Plano São Paulo para autorizar novas flexibilizações. Atualmente, o Estado definiu a região como faixa vermelha, de alto risco, fato este contestado pelos prefeitos das nove cidades da Região.

A liberação parcial do comércio de rua e dos shoppings, seguindo critérios de horário e capacidades reduzidos, será um complemento às decisões administrativas já implantadas na Fase 1 da Agenda Pró-Guarujá. Desde o dia 21 de abril, mais de 30 ramos comerciais estão permitidos ao funcionamento, além dos considerados essenciais pelo Estado. Guarujá é uma das poucas cidades da Baixada que autorizou tais flexibilizações, atuando em sintonia com o Ministério Público do Estado de São Paulo e exigindo medidas profiláticas rígidas.

Na Etapa 2, que entrará em execução após a reclassificação estadual, as entidades representativas do comércio serão parceiras da Prefeitura para definir os protocolos de reabertura, com foco na saúde, higiene e testagem, além de regras de autorregulação e comunicação. Reuniões neste sentido já foram realizadas e serão intensificadas nos próximos dias.

Pró-Guarujá

Tendo o turismo como principal vetor de desenvolvimento, a Agenda Pró-Guarujá apresentou os planos já definidos e que serão implantados após o fim da pandemia, preparando a cidade para os meses de pré-temporada.

Neste sentido, já existem projetos que serão implantados num curto espaço de tempo, envolvendo a divulgação do turismo, calendário de eventos e obras de infraestrutura turística.

Outras ações visam às atividades culturais, a qualificação da mão de obra do receptivo, de empreendedores e novos investimentos na segurança pública, a exemplo das câmeras de videomonitoramento.

Tudo isso para deixar a cidade pronta para a retomada da economia quando a pandemia passar.

Novos negócios

A prospecção de novos negócios foi outro item apresentado durante a Agenda Pró-Guarujá. Neste contexto inclui-se o Complexo Industrial e Naval (CING), área vocacionada para atividades ligadas ao Pré-sal; a criação da Zona Retroportuária de Guarujá, às margens da rodovia Cônego Domênico Rangoni; o fomento da indústria náutica; o crescimento portuário e novos projetos ligados ao setor da construção civil.

A implantação do Aeródromo Civil Metropolitano também foi anunciada durante a Agenda Pró-Guarujá com a contratualização com a Infraero, empresa do Governo Federal, considerada a terceira maior operadora de aeroportos no mundo.

Nesta segunda-feira (01), técnicos da Infraero já se instalaram no município para executar o projeto, que será dividido em três fases. Na primeira, além de registrar o espaço junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a empresa fará uma obra de recuperação e o recapeamento da pista, que possui 1.390 metros de extensão, a fim de que esteja pronta para receber as primeiras aeronaves de aviação executiva, o que deve acontecer entre quatro e seis meses.

Na segunda fase, trata-se de uma certificação para aeronaves de médio porte, a exemplo das aeronaves do modelo ATR, que possibilitarão voos regulares para diversos destinos.

Já na terceira fase, a Prefeitura e a Infraero se unirão para buscar recursos, junto ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), para concretizar a operação comercial no local, com a construção de um terminal de passageiros, novos hangares e demais estruturas físicas, possibilitando a implantação de voos comerciais com grandes aeronaves como Airbus 319 e 320 e Boeing 737 e 747, para os principais destinos do Brasil.