Alertas estão em fase experimental e serão trabalhados ao longo da temporada de verão


Instalada com o objetivo de fazer a leitura antecipada da ocorrência de raios e tempestades na Região, a estação meteorológica de Guarujá apresenta os primeiros resultados. Desde o início da operação, em dezembro, o sensor elétrico atmosférico emitiu 15 alertas antecipados, com potencial para produzir raios. Os alertas estão em fase experimental e serão trabalhados ao longo da temporada de verão.


Para se ter uma ideia, na tempestade que atingiu a Baixada Santista no  último dia 2, foram registrados 20 relâmpagos Nuvem-Solo (raios) na área de abrangência do sensor de Guarujá, e 97 relâmpagos Nuvem-Solo, na área de abrangência (20 km) do sensor de Praia Grande.


Ambos os sensores reportaram corretamente, enviando antecipadamente mensagens de alerta de campo elétrico atmosférico, com potencial para produzir raios, o que de fato ocorreu.


O Diretor da Defesa Civil de Guarujá comemorou os resultados. “Até o momento, a nossa expectativa tem sido alcançada. Os dados foram registrados de maneira satisfatória e os alertas experimentais refletem em grande parte a realidade”.


Como funciona?


A estação meteorológica está instalada no Colégio Vivere (Rua Lino da Cunha Leal, 249 - Jardim Guaiúba) e a operação experimental segue até abril.


O equipamento realiza a coleta de dados através de sensores, que medem as variações atmosféricas ocorridas, da superfície até a ionosfera (parte superior da atmosfera terrestre).  O sistema proporciona uma leitura antecipada de condições adequadas para a ocorrência de raios e, assim, no futuro próximo será possível emitir alertas de ocorrência de tempestades com descargas elétricas.


A abrangência da estação é de aproximadamente 20 quilômetros, o que permitirá uma cobertura total do Município. Os aparelhos não consomem energia, pois são carregados por energia solar.


A cada hora, o sistema registra as informações meteorológicas da área em que está localizada. Esses dados são integrados e disponibilizados para serem transmitidos para uma central do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


Além das informações a respeito de raios, estará disponível, também, dados de chuva que serão integrados à rede pluviométrica de Guarujá, que já conta com 15 plataformas automáticas de coleta de chuva.


A iniciativa conta com parceria da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).