Ele sentiu dores musculares, de cabeça, além de febre baixa, náuseas, e com o passar dos dias foi perdendo o olfato e o paladar; caso agravou quando começou a falta de ar

Os profissionais da saúde sabem que são os mais expostos às contaminações da Covid-19, mesmo com todos os cuidados de higienização e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O diretor médico e socorrista da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), 38 anos, um dos infectados pelo coronavírus na Cidade, só começou a apresentar melhora a partir do 10º dia.

Ele teve os primeiros sintomas em 27 de abril. “Eram dores musculares, de cabeça, além de febre baixa, náuseas, e com o passar dos dias fui perdendo o olfato e o paladar”. No dia 5 de maio, ele começou a sentir falta de ar, quando então resolveu ir ao hospital.

O médico passou por tomografia, que apontou sinais da Covid-19. Mesmo assim, o seu quadro de saúde permitiu com que ele fizesse o tratamento em casa. “Fiquei todo o período isolado dentro de casa, sem contato com ninguém. Só comecei a melhorar lá pelo 10º dia”, disse, após cumprir os 14 dias de afastamento para retornar ao trabalho.

É quase unânime entre os profissionais de que em algum momento eles vão contrair a doença. “Já imaginava que iria pegar a Covid-19, pois tenho contato com várias pessoas em unidades de saúde, hospitais. Só não sabia quando, de fato, isso aconteceria”.

Com formação na área cirúrgica, o socorrista recebeu todo o apoio dos equipamentos de saúde, bem como de medicações, exames e apoio dos colaboradores, durante o período em que estava com o novo coronavírus.

O diretor da Sesau frisa que a Covid-19 realmente não é apenas uma gripe. “As pessoas precisam se conscientizar que esta é uma doença séria, obscura e imprevisível. Então, precisamos tomar cuidado, manter o isolamento e obedecer às orientações das autoridades em saúde”.