Nos postos, eles ajudam com a seleção das roupas, separação dos alimentos, organização dos donativos, auxílio na cozinha, entretenimento, ação de cidadania entre outras atividades
Os moradores de Guarujá e das cidades da Região tem dado uma aula de solidariedade às vítimas das tempestades, ocorridas no início da semana passada. Mais de mil pessoas passaram pelos postos de arrecadação e abrigo para ajudar. Em grupos ou individualmente, todos queriam levar um pouco de conforto aos que mais precisam.
Nos postos, eles ajudam com a seleção das roupas, separação dos alimentos, organização dos donativos, auxílio na cozinha, entretenimento, ação de cidadania, entre outras atividades.
Marcelo Dal Col e Gisele Fernanda de Lima Pereira vieram de São José dos Campos (SP). Eles fazem parte dos Voluntários da Solidariedade e são membros do Moto Clube Old Indians Brasil. “Desde segunda-feira (9) estamos na Cidade. Já auxiliamos nas atividades com as crianças, cozinha, separação de roupas, distribuição de água e produtos de limpeza, além de ajudar no carregamento dos caminhões”, explicou Dal Col.
Já o cabeleireiro Severino dos Ramos, veio colocar o seu dom à disposição. Ele é responsável pela Ramos Comunidade em Ação. O projeto visita várias cidades da Baixada Santista realizando o corte de cabelo de moradores de rua e aulas de cabeleireiro. “Quando soubemos da tragédia já corremos para ajudar, pois precisamos colocar o nosso dom para amenizar um pouco do sofrimento”, afirmou.
Quem ganhou um visual novo foi Paulo Henrique, 31 anos, morador do Morro da Bela Vista (Macaco Molhado). Ele teve a sua casa levada pelo desmoronamento. Hoje está abrigado na Escola Municipal Dirce Valério Gracia, com a mulher e o filho de 1 ano. “Tenho que seguir a vida, o fato de estar vivo já é uma motivação para recomeçar”, revelou.
O cuidado com as crianças também foi uma das preocupações dos voluntários que criaram uma corrente de solidariedade para levar entretenimento para os pequenos. A cada dia um grupo diferente se reveza para levar alegria e diversão como cantigas de roda, leitura, pintura artística, show de palhaços e músicas.
É o caso da maquiadora artística, Alessandra Oliveira, 33 anos, que veio pintar o rostinho das crianças. “É muito difícil para uma criança enfrentar tudo isso, elas ficam abaladas e nosso trabalho vem trazer um pouco de esperança”, enfatizou.
Seguindo o mesmo exemplo, a artesã Luana Souza veio fazer penteados, os famosos tereres - um aplique de linhas coloridas sobre uma trança de cabelo natural. Na cozinha, as voluntárias Cícera Fernandes, Maria Valdenora e Valdirene Santos se revezam para auxiliar nas refeições do abrigo. Toda ajuda é bem-vinda.
