Órgão federal que monitora desastres naturais ainda enalteceu que responsividade das Defesas Civis Municipais foi essencial para mitigar impactos dos desastres

Em nota de esclarecimento, o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, destacou que a precipitação de chuvas observada na Baixada Santista entre os dias 2 e 3 de março foi superior à registrada na tragédia da região Serrana do Rio de Janeiro em 2011. Na ocasião, mais de 900 pessoas morreram e 300 ficaram desaparecidas em território fluminense.

De acordo com o Cemaden, o acumulado em 24 horas no Guarujá chegou a 320 mm, fazendo da Cidade a mais atingida pelas tempestades na Baixada Santista. É um volume maior que o esperado para todo o mês de março. Como referência, o órgão ressalta que a média histórica de chuvas para todo o mês de março em Guarujá é de 263 mm.

O Centro de Monitoramento ainda enalteceu a atuação das Defesas Civis Municipais e Estadual, na tragédia da Baixada Santista. “As ações de resposta das Defesas Civis Municipais das cidades atingidas e da Defesa Civil do Estado de São Paulo foram essenciais para mitigar os impactos dos desastres que ocorreram durante a madrugada, em condições de maior criticidade, o que engrandece a abnegação dos agentes das defesas civis”, diz a nota.

O Cemaden possui rede geotécnica composta por sensores magnéticos que medem o conteúdo volumétrico de água no solo em diferentes profundidades, recentemente instalada na Baixada Santista, onde ainda está em fase de testes, calibrações e validações de informações.