Guarujá saiu do ranking das cidades com as maiores taxas de detecção de HIV/Aids do País, segundo boletim epidemiológico 2019 divulgado neste mês pelo Ministério da Saúde, que analisou 5.570 municípios. Em 2018, a Cidade ocupava o 28º lugar, apresentando uma taxa de detecção da doença de 25,8%, no ranking dos 100 municípios do País com mais de 100 mil habitantes. Neste ano, já fora dessa lista, Guarujá possui uma taxa de detecção menor, de 22,2%.
A queda das detecções da doença é condizente com a diminuição de 12,5% nos registros de pessoas infectadas com o vírus HIV (e que não necessariamente desenvolveram a doença) no Município.
Esse resultado é amplamente comemorado pela coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Prefeitura de Guarujá. “Guarujá era a única cidade da Baixada Santista nesta lista. Ficamos contentes por vermos que nosso trabalho vem dando certo, com políticas públicas que reforçam a promoção e a prevenção à saúde”.
Ela explica que algumas ações contribuíram para os dados positivos. “São várias estratégias que adotamos, simultaneamente. Estamos testando mais pessoas, com o teste rápido em todas as unidades de saúde”, destaca a coordenadora, lembrando ainda da disponibilização de preservativos nas unidades para livre demanda e a busca ativa para ampliação do diagnóstico precoce.
Outras medidas também foram implantadas pela Prefeitura. Uma delas é a prevenção combinada, que são as várias estratégias usadas para diminuição da transmissão do HIV. Um delas é a profilaxia pré-exposição (chamada de prep.), quando a pessoa toma a medicação por tempo indeterminado, mesmo não tendo o HIV. Há ainda outro método, o pep, profilaxia pós-exposição sexual, quando a pessoa faz uso de medicação, após uma exposição sem uso de preservativo.
Menos pessoas abandonam tratamento - Outra notícia importante neste mês de luta e combate à Aids foi que Guarujá teve o menor índice de taxa de abandono no tratamento de pacientes com HIV do Estado de São Paulo. Queda foi de aproximadamente 50% e aponta a qualidade do atendimento especializado no Município.
Em maio deste ano, a taxa de abandono era de 8,2%. Já em novembro, o número caiu para 4,3%, sendo a menor do Estado, onde a taxa geral foi de 14,7%. O levantamento é dos governos Estadual e Federal. A taxa de abandono ao tratamento reduziu também porque os pacientes hoje estão mais vinculados aos serviços da Prefeitura. “E, consequentemente, com maior adesão, os pacientes, ao tomarem medicação, diminuem sua carga viral, o que acarreta na queda da transmissão do vírus”, finaliza a coordenadora.
